Ontem recebi um presente, um momento mágico, um encontro...
Vi uma peça teatral onde me vi
e lá estava eu me vendo com um antigo amor
eu era parte do cenário
era o personagem
e era o público
lá na platéia
também estava o meu antigo amor
eu o vi,
ele se viu,
nos vimos...
e me pergunto:
Será que ele sabe que aquela história
é semelhante ao que vivemos?
Que a arte imitou nossa vida?
A história trata de uma tecelã que tece um mundo novo para si.
Nesse mundo há um príncipe, por quem a tecelã se apaixona.
A relação entre os dois, no entanto, não segue o padrão ideal do resto do mundo criado.
Isso motiva a criadora a destecer o mundo, a desfazê-lo.
A narrativa, tanto de Colassanti como da Caixa de Elefante,
permite uma metáfora sobre as relações,
sobre as intenções, sobre os sonhos que, às vezes, aprisionam o homem contemporâneo.
A personagem cria na literatura às ilusões que a encenação cria,
essas que estimulam, por sua vez, as ilusões que
a plateia cria ao assistir o belíssimo espetáculo.
Todos os elementos postos em cena demonstram habilidade, eficiência e técnica.
O espetáculo encanta, diverte e faz pensar.
(Análise: Rodrigo Monteiro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário