sexta-feira, 29 de julho de 2011

A tecelã- A Caixa do Elefante

Ontem recebi um presente, um momento mágico, um encontro...
Vi uma peça teatral onde me vi
e lá estava eu me vendo com um antigo amor
eu era parte do cenário 
era o personagem 
e era o público
lá na platéia 
também estava o meu antigo amor
eu o vi, 
ele se viu,
nos vimos...
e me pergunto:

Será que ele sabe que aquela história 
é semelhante ao que vivemos?
Que a arte imitou nossa vida?

A história trata de uma tecelã que tece um mundo novo para si. 
Nesse mundo há um príncipe, por quem a tecelã se apaixona. 
A relação entre os dois, no entanto, não segue o padrão ideal do resto do mundo criado.
Isso motiva a criadora a destecer o mundo, a desfazê-lo. 
A narrativa, tanto de Colassanti como da Caixa de Elefante, 
permite uma metáfora sobre as relações, 
sobre as intenções, sobre os sonhos que, às vezes, aprisionam o homem contemporâneo. 
A personagem cria na literatura às ilusões que a encenação cria, 
essas que estimulam, por sua vez, as ilusões que 
a plateia cria ao assistir o belíssimo espetáculo. 
Todos os elementos postos em cena demonstram habilidade, eficiência e técnica. 
O espetáculo encanta, diverte e faz pensar.  

(Análise: Rodrigo Monteiro)

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