“Todas essas opiniões contrárias eram porque o homem tinha um estranho hábito: ele roubava horas.
Como assim? Não se sabe direito. Ele roubava a pressa das pessoas”.
A praça estava cheia quando o homem falou:
- Eu roubo as horas para lhes dar tempo.
Tempo de aprender a usar o tempo.
Quem tem hora não tem tempo: tempo de olhar o tempo.
Será que vai chover?
Será que as flores já abriram?
Como será o arco-íris?
Qual a cor dos olhos dos meus amados?
Temos tempo para isso? Não!
Isso ocupa muitas horas.
E tocamos nossas vidas,
olhando os relógios que marcam as horas de nossas vidas,
e esquecemos de marcar nossas vidas no tempo!”
(MUNDURUKU, Daniel. O homem que roubava horas)
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