"Até onde se sabe, foi no período do Novo Império
que surgiram os primeiros poemas de amor egípcios.
Evidentemente, eles não tinha a forma lírica que nós conhecemos, nem eram rimados.
Talvez tivessem um "ritmo", mas é difícil saber,
porque desconhecemos qual era a pronúncia real da língua.
A linguagem era simples e direta,
retratando a fala de um ou outro dos amantes,
ou de ambos alternadamente,
ou ainda de uma terceira pessoa, o "poeta".
O poema seguinte, escrito por volta de 1300 a.C.,
faz parte do Papiro Harris 500, guardado no British Museum:
Ele:
É uma bebida inebriante para mim o ouvir a tua voz,
oh, magnífica do meu coração.
Vem. É a hora da eternidade que nos chega.
Ela:
Meu coração fica em suspenso quando estou em teus braços,
oh, dono do meu corpo,
e tu fazes aquilo que se espera.
Oh, sim, é doce a hora da eternidade."
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