Lilith Balangandã Ponho o lenço do pescoço na cabeça Molho os cabelos com calma uma mulher é uma espécie de alma com enfeite Chega diante do espelho adorna-se como uma árvore de natal nem é natal mas ela vai dar bola Às vezes não varre o quintal mas pinta as maçãs blushes ruges Às vezes não costura mas realça cortinas cílios rímel lápis Às vezes não conserta as portas mas pinta as bordas das janelas pálpebras delineador sombra Mulher é uma Eva encantada de espalhar-se por fora em paraíso batom cintura tesão juízo pulseiras brincos balangandãs são seus sonhos de fachada que repetem de dentro que rondam a porta da casa Invento de princesa Durante todas as primaveras um cardume de cinderelas ainda insiste dentro dela. (Elisa Lucinda) |
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Lilith Balangandã
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