quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O divino som interior...

Silêncio faz pensar, 
remexe águas paradas, 
trazendo à tona sabe a DIVINDADE 
que desconserto nosso. 

Com medo de ver quem 
- ou o que - 
somos, 
adia-se o defrontamento 
com nossa alma sem máscaras. 

Mas se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, 
descobre
 - em si e no outro - 
regiões nem imaginadas, 
questões fascinantes 
e não necessariamente ruins. 

Nunca esqueci a experiência 
de quando alguém botou a mão 
no meu ombro de criança e disse: 
" Fica quietinha, um momento só, 
escuta a chuva chegando." 

E ela chegou:
Intensa e lenta, 
tornando tudo singularmente novo. 

A quietude pode ser como essa chuva: 
Nela a gente se refaz para voltar mais inteiro 
ao convívio, 
às tantas frases, 
às tarefas,
aos amores.

 Então, por favor, me dêem isso: 
Um pouco de silêncio bom 
para que eu escute 
o vento nas folhas, 
a chuva nas lajes, 
e tudo o que fala muito além das palavras 
de todos os textos 
e da música de todos os sentimentos. 

(Lya Luft)

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