terça-feira, 28 de dezembro de 2010

(Des)Construindo o AMOR...

"Em minha inocência e ignorância, 
eu atribuía a algumas pessoas 
o poder de liberar, produzir, fazer exercer-se 
e comunicar o amor em mim e de mim. 
Esse amor pertencia, pois, 
exclusivamente a essas pessoas,
ficando eu delas dependente para sempre. 
Se, por alguma razão, 
me deixassem ou não quisessem produzi-lo em mim, 
eu secava de amor e — o que é pior — ficava em seu lugar, 
na pessoa e no corpo, 
uma sangrenta ferida, 
como a de uma amputação, 
que não cicatrizaria jamais."




(Roberto Freire, em Ame e dê vexame)

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