"Em minha inocência e ignorância,
eu atribuía a algumas pessoas
o poder de liberar, produzir, fazer exercer-se
e comunicar o amor em mim e de mim.
Esse amor pertencia, pois,
exclusivamente a essas pessoas,
ficando eu delas dependente para sempre.
Se, por alguma razão,
me deixassem ou não quisessem produzi-lo em mim,
eu secava de amor e — o que é pior — ficava em seu lugar,
na pessoa e no corpo,
uma sangrenta ferida,
como a de uma amputação,
que não cicatrizaria jamais."
(Roberto Freire, em Ame e dê vexame)
Nenhum comentário:
Postar um comentário